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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PENSAMENTO.


Quem Morre?
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de 
marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os pontos sobre os "is" em detrimento de um 
redemoinho de emoções justamente os que resgatam os brilhos dos olhos, sorrisos dos bocejos, orações aos tropeços e 
sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir 
atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde 
quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de 
respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.


Pablo Neruda

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