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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Em tempo


Em nossa cidade, tudo se passa como se houvesse uma perene demanda por algo novo, uma constante busca por algo que nos tirasse da mesmice e do marasmo. Se bem (ou mal) a política “feijão com arroz” faz a panela ferver... Com brigas e traições intestinas! Aquele pensador que disse: ¬Que até boi voa... Ou “aqueloutro” que falou que era uma terra santa... Pois não é, que essas mentes sábias estão com a razão?...

A burla da história mal contada...



                                                  Por: Gonzaga Vieira.

Quem de sã consciência se entrega nos meandros da historiografia seja contando fatos locais ou com amplitudes universais, sabe quão movediça é essa área do conhecimento! As datas, por si só, não perdoam os que se aventuram nessa seara. Portanto, além das aptidões inerentes a historia, exige-se do neófito; bagagem cultural e refinado gosto. Perdoem-me os “hobbistas”, mas, não se faz historiador de uma noite prá outra!!! Os que se entregaram de corpo e alma a esse Mister, alguns deles, contam com três decênios de estrada bem percorrida... Os lugares, paisagem, pessoas, costume, tradição... A geografia, o clima, a cultura, a vestimenta, a gastronomia, o folclore e outros itens, são o norte dos escafandristas da matéria em tela.  

Cat’s tail


                                                                    
                                                                 Por: Gonzaga Vieira.


Você percebeu? Mas todo lugarejo, distrito ou município que se presa, tem sempre um bairro, uma rua, um beco com nome engraçado, enviesado, pitoresco, fora dos padrões normais de nominar esses locais. Então Laguna Del Matoso, não poderia ficar indiferente... Um bairro de sua mais recôndita periferia recebeu o pomposo nome: Cat’s tail... O autor da façanha foi o irreverente tubião, apelido do Magarefe Glicério Pombo Mascarenhas. Mas ai foi que a porca entornou o toucinho, digo: o rabo!... Sabem o por quê? Meus queridos três leitores... Ninguém, mas ninguém mesmo sabia que bicho ou diabo era cat’s tail. Isso era coisa prá inglês ver. Melhor dizendo: A tal alcunha foi escrita na língua do Tio Sam.    

Lirismo



Minha poesia só traz a novidade do papel em branco. Faço duas ou três garatujas à moda de cepo e gamela. Por isso, que ela é telúrica. Estudei o bastante para escrever o meu nome e conhecer os mapas que nos rodeiam... Possa ser que eu agrade a alguns iletrados a mim iguais. Já o intelectual, só diz: ¬ “Embrulha!” E paga.  
                                                        Gonzaga de Canindé,
                                       In Autobiografia de um cordelista aprendiz.

Por Gentileza, Canindé.





Nesses escritos, eu gostaria de falar de coisas amenas e bucólicas. Da natureza, do nosso rio, do nosso cotidiano de cidade interiorana. Gostaria; até, de tecer comentário acerca do nosso passado, porém, sem o ranço saudosista! Gostaria de contar estórias que remontam à nascença dos nossos costumes, da nossa culinária, dos nossos afetos! Lembrar as conversas nos alpendres, da chuva visitante, ou das secas causticantes! Gostaria de voltar a rir com a desenvoltura de criança soltando o “papagaio alado...” Gostaria disso e de muito mais! Gostaria que tivéssemos oportunidade de emprego e renda, nos doze meses do ano. Quê em cada bairro ou distrito houvesse liderança viva! Que os nossos representantes no legislativo, fossem autênticos, honrando os assentos, e elaborassem leis justas! 

domingo, 2 de setembro de 2012

OPINIÃO


O Conservadorismo na Política Canindeense
                                                                                        Por: Gonzaga Vieira *

                     O Aurélio, Aurélio aqui, poderia ser o Aurélio bodegueiro, o Aurélio pseudo-intelectual que deita falação a partir da leitura da “orelha” ou da aba de um livro, mas não...
                      Aqui é o Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Filólogo e dicionarista que do alto de sua erudição; tasca: “Conservador (ô) Adjetivo 1. Que conserva. 2. Diz-se daquele que em política é favorável à conservação da situação vigente, opondo-se às reformas radicais. S.M. 3. O encarregado da conservação de arquivo, museu, biblioteca, etc. 4. Aquele que é conservador. (2). Conservantismo/Conservadorismo”.
                       Folgo em dizer ao estimado leitor, que o titulo encimado é pertinente ao “ser político” canindeense e tem sua razão de ser. Senão vejamos: Quem adentrar ao paço municipal depara-se à com uma galeria de “Vultos Históricos”, cidadãos circunspectos de bastos bigodes; que geriram os destinos de nossa cidade.
                        Toda essa dignidade e discrição traziam alguns. O concurso da pena ou da chibata! Esses intendentes ou Prefeitos cultivavam em suas relações a rendosa indústria do compadrio: Cordialidade ou proteção injusta, além dos “paióis” ou dispensas abarrotadas de milho e feijão...  O patrão chamava o morador e dizia:
¬ “Miguel! Você vai votar no compadre Zé Pereira do Ó... Uma muda gesticulação era a resposta afirmativa, o sim!”.
                         A historiografia canindeense tem duas facetas: Ou Doura a pílula dos troncos familiares ou produz grandes hiatos. Um ou outro que tentou quebrar esses grilhões caiu no índex da oligarquia reinante. Atualmente três candidatos postulam o supremo cargo de prefeito. A despeito da ideologia das agremiações a que pertencem, o conservadorismo das propostas os igualam.


* Formador de opinião.