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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Concretamente

Em Canindé, se faz pão e se fabrica poesia...
Sua Fé é o produto mais apregoado às massas ignaras.
Seu progresso viaja no comboio dos segundos.
O sino da matriz rivaliza com os galos madrugadores...
Os vigias sonham com o “Strip Tease” das cadelas e os domingos têm tardes bisextas...
Suas ruas roubam passos dos transeuntes e os impactos calam na próxima esquina... Mesmo assim, essa é a minha terra: Das beatas e dos loucos, dos choros e dos madrigais, dos muitos e dos poucos, dos ébrios e dos anormais.
Aqui, políticos prometem (as) promessas.
Talentos são enterrados a três por quatro, verdades são cenas de teatro.

Canindé, concretamente Canindé! 
 Por: Gonzaga Vieira

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Raridade no Contexto das Artes Plásticas

O Centro de treinamento que fica encravado no convento Franciscano, recebeu nos dois dias de exposição do festejado artista Fabiano Chaves, expressivo publico amante do belo – pintura em telas “Linhas Curvas”. Evento; raro na cidade, teve o requinte desde a recepção à “mostra” propriamente dita. O artista conjuntamente com sua esposa, foram lídimos e dignos anfitriões!

Quanto aos adquirentes das ”Mobílias de Parede”, volveremos ao assunto. Para quem pensa que o artista não pode viver de sua arte, “ARTE” neles!..
Por: Gonzaga Vieira, filiado à ACEJI – Mat. Sob nº 1123/2015

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

As Impactantes e Sensuais Mobílias de Parede – Curvas!


Escreveu Wassily KANDINSKY – (1866 – 1944): “Muita gente tem um olhar falso ou inerte. Essas pessoas vêem as coisas superficialmente, mas não percebem as sutilezas...”
- Lá vou eu...
O químico criou a tinta. O pintor inventou a cor. Deus, por sua vez, validou os dois, obsequiando-os com o ISO de qualidade!
Peço a suprema guarida ao Mestre Vinicius de Moraes para asseverar: - “ Que me perdoem as feias mas a beleza é fundamental...” O traço estilístico inconfundível aliado à sensualidade e a sensibilidade (sem rima) trazem a explosão colorífica! São musas do inconsciente, essas exuberantes curvas...

Se é verdade que a inveja se apossa do crítico de arte, eu pequei!...

Essa individual do Mago das Cores – Fabiano Chaves, sela o seu projeto de alçar vôos mais altos! Como a arte é feita de emissor e receptor, que o público ávido por novidades se delicie com essa prazerosa mostra.

Quanto ao Fabiano; esse verdadeiramente esbanja talento! Aqui, já nos finalmente, quero acrescentar que o artista teve o “recato” de vestir essas beldades...

“Nem todo pecado será castigado...”
                                                                                                                              Por: Gonzaga Vieira.*

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O circunstancial na política








No Canindé só existe,
dois partidos, na verdade.
Um está no poder
o outro, na orfandade.
Um governa pela manhã.
Outro despacha à tarde.

Um faz uma praça.
Outro corta a castanhola.
De manhã um secretário
verba alta descola.
Camelô que morra à míngua
qual mendigo por esmola.

Daqui pra festa, teremos
dois prefeitos no lugar.
Um diz: “¬ Aqui mando eu
Você não pode opinar.
Vamos “rachar” a cidade
Pra ver em que vai dar!

No paço municipal
Convoco o povo unido
Lasque a cidade ao meio
Se assim houver sentido
Isso é “papo” de poeta,
Mas não sou doido varrido!

Eu não voto em Canindé
Porém, la em Itatira
Eles são de maior idade
Político, claro, se vira
Vou parando por aqui

Conversa longa, se estira!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

LIVRO: Centenário da Igreja do Monte



                                                      Por: Gonzaga vieira
    
  A guisa de comentário acerca do livro: “Centenário da Igreja do Monte 1915 – 2015 Canindé-Ce.”
     
     Em meio à aridez editorial na nossa “santa terrinha”, havemos de saudar o lançamento do citado compêndio do escritor Frei João Sannig, OFM. O autor não é neófito, pois já constam de sua autoria, outras brochuras.
     Farta em fotografias, umas atuais outras antigas e com um texto memorial convincente. “O Mirante da Fé” (aqui batizado por mim), ganha destaque pela sadia leitura tanto dos nativos quanto dos adventícios que por aqui aportam (geralmente pagadores de promessas) fica o registro á posteridade: (Cem) 100anos não são 100 dias!...
     Que outros venham a lume.
     



domingo, 5 de julho de 2015

IGREJA DO CRISTO REI


IGREJA DO MONTE (Cristo Rei)
 Lançar um olhar sobre a imagem de Cristo padecente na cruz, pobre, obediente, resignado e sobre a imagem de Cristo Rei é contrastante. Tiraram a coroa de espinhos e colocaram uma coroa do mundo. Tiraram o cajado de pastor e colocaram um cetro de poder. Engano da igreja? Não. Jesus é o Rei do Universo. Sua autoridade não se origina de um poder que oprime, mas do amor e do serviço. Cristo é Rei na Cruz, é Rei glorificado. Ele conquistou a realeza pelo humilde serviço, assumindo nossa humanidade e se entregando na cruz para nos remir da maldição do pecado, como nos ensina São Paulo. 
UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O TEMPLO
          Há muitos anos atrás, no último domingo de Novembro, festa de Cristo Rei, havia animada festa na Igreja do Monte, especialmente para o povo de Canindé, como os mais velhos contam. Essa festa desapareceu apenas se celebrando ali uma missa naquele domingo.
          Em 1976, no entanto, já estando em parte reformado aquele templo, desejaram-se restaurar também aquele costume antigo. Até porque não era de bom grado deixar perecer as tradições sadias do povo. Elas nos enraízam mais vitalmente em nossas origens.
          Portanto as celebrações de Cristo Rei aconteciam no dia 21 de novembro, ainda estando em andamento à restauração da capela, na qual se realizaria a reinauguração do templo no dia 28, último domingo de novembro.
          Nos dias 25, 26 e 27, às 19 h, havia tríduo de preparação com pregação e bênção, do Santíssimo Sacramento, em seguida, barracas, retreta e no dia 27 leilão em benefício da capela.
          No dia 28, às 18 h, acontecia a missa campal no palanque atrás da Basílica. Seguindo-se a procissão com a imagem de Cristo Rei, da Basílica ao Monte. Encerrando as solenidades religiosas com benção solene do Santíssimo Sacramento, no patamar da igrejinha.
          Em relação às obras de talha, esculpidas por Francildo, como se refere a história, representando a 15ª estação da Via-sacra: a Ressurreição.

          As mesmas já foram substituídas em uma reforma geral acontecidas no ano de 2011 na qual houve a recuperação do piso, iluminação, jardinagem, revestimento, pinturas e altar-mor que foi realizado pela paróquia de Canindé através do operoso pároco Frei João Hamilton na qual os romeiros e os canindeenses são eternamente gratos por tal empreendimento.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Em torno de uma autora...



Meu Deus! Que é que eu vou dizer depois que a apresentadora do livro escreveu que o mesmo é uma “Tapeçaria Poética...” (?) Levando-se em consideração a vocação artesanal do juazeirense, ouso afirmar que a autora fez “um rosário” contendo 250 contas, digo: estrofes de puro ouro, obra prima da ourivesaria local! Cada conta, pereniza o envolvente e palpitante saber histórico, com gosto de mel de engenho! Pesquisadora de escol, Rosário Lustosa foi mais além: ¬ “Dividiu a obra em tópicos ou ciclos” ¬ 1. “um dedo de verso”. 2. “O cariri cearense” 3. “Crato na Literatura de Cordel, 250 anos de Vila Real”. 3.1 “O começo”. 3.2. “O Crato virou cidade”. 3.3. “Fatos históricos”. 3.4. “Pessoas Ilustres”. 3.5. “Faz parte da tradição”. 3.6. “O Crato nunca esqueceu”. 3.7. “O Crato na atualidade”. 3.8. ”Geopark Araripe”.

Ainda, hinários, prefeitos do Crato desde 21 de Junho de 1764. Talvez, haja passado algo da minha parca percepção, além do “pertencimento”, pelo qual a autora se apodera do Crato!

Assinalo, porém, que esse livro é um verdadeiro “castelo” da inventiva cordeliana, reunindo amor, devotamento, apreço e compromisso com a história do Crato e de toda a região do cariri cearense!...

Rosário tem em V.S. uma mestra do mais fino lavor poético!

Gonzaga Vieira – Poeta popular, cordelista.
Canindé- Ceará.   


sexta-feira, 6 de março de 2015

Um tangerino do Cordel



Na trilha da pesquisa: Um tangerino do cordel!
                                                                          
                                                                                    Por: Gonzaga de Canindé.

Para sintetizar a empatia entre Arievaldo e o cordel, basta dizer que o livreto popular entrou na vida do cordelista, antes da também popular, “carta do ABC!” Morando no lugarejo denominado “Ouro Preto”, sertão quixeramobiense, o multifacetado autor, bebeu da fonte revigorante seiva cordeliana, através de sua avó matriarca dona Alzira, ávida por novidades ¬as malas dos cordelistas, no mais das vezes, simples e humildes “folheteiros”- estes prosaicos “entes” eram quem traziam as “boas novas” digo: Romances, por ocasião dos festejos de São Francisco de Canindé, a “Meca Cearense”. Dizem os familiares que o Arievaldo era guloso! Os cordéis adquiridos pela genitora do “seu” Evaldo, outro devorador leiturante de almanaques e cordéis... Esse convívio foi marcante para ô despertar do talento, do citado mestre, que teve uma passagem meteórica entre o leitor e o autor de futuras obras de fôlego como: cordéis, livros, almanaques etc. Quem teve o prazer de conversar e de conviver  com o Arievaldo ainda nos anos 70/80 , sabe o quanto já era promissora a trajetória daquele garoto de “Calças Curtas” que tinha o “topete” de entrar em conversas de gente grande... Aqui, não há espaço para nominar os títulos de cordéis em parceria, nem os de sua lavra, tampouco, os livros editados com absoluto sucesso! Arievaldo vai tangendo a lira fecunda, fabricando estórias que viram historia! Palestrante de largos recursos troca muitas vezes os artifícios da tecnologia de ponta, para no jargão popular, incursionar pelas beiradas do gracejo puro e simples... Admira que com credencial tão eloqüente não tenha surgido algum “pregoeiro” para saudá-lo, por ocasião do surgimento de mais esse rebento! O Ari – Ari Evaldo Viana Lima – transita livre, lépido e solto por todos os ciclos do cordel indo do gracejo a historia e a critica social, fazendo uma literatura popular oral e impressa de excelente qualidade, pois ama verdadeiramente o que faz.

Finalizando, ouso afirmar: Fazer cordel é mister/de quem vive atento/Um operário do belo/que não conhece o lamento/Faz poesia meritória/Galga, lugar na história/Tem mestre ¬ o pensamento!.   

O freguês pode até dizer que eu não tenho método (ou será mérito?...) ao escrever. Pode ainda, dizer que me falta estilo! Não pode é dizer que me aposso da produção ou da estilística alheia... Como é comum por ai afora. Faço o que ensinou Paulo: ¬Leio tudo e “separo o bom do ruim...”