O Conservadorismo na Política
Canindeense
Por: Gonzaga Vieira *
O Aurélio, Aurélio aqui, poderia ser o Aurélio bodegueiro, o Aurélio
pseudo-intelectual que deita falação a partir da leitura da “orelha” ou da aba
de um livro, mas não...
Aqui é o Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Filólogo e dicionarista
que do alto de sua erudição; tasca: “Conservador (ô) Adjetivo 1. Que conserva. 2. Diz-se daquele que em política é favorável à conservação da
situação vigente, opondo-se às reformas radicais. S.M. 3. O encarregado da conservação de arquivo, museu, biblioteca,
etc. 4. Aquele que é conservador. (2). Conservantismo/Conservadorismo”.
Folgo em dizer ao estimado leitor, que o titulo encimado é pertinente ao
“ser político” canindeense e tem sua razão de ser. Senão vejamos: Quem adentrar
ao paço municipal depara-se à com uma galeria de “Vultos Históricos”, cidadãos circunspectos
de bastos bigodes; que geriram os destinos de nossa cidade.
Toda essa dignidade e discrição traziam alguns. O concurso da pena ou da
chibata! Esses intendentes ou Prefeitos cultivavam em suas relações a
rendosa indústria do compadrio: Cordialidade ou proteção injusta, além dos “paióis”
ou dispensas abarrotadas de milho e feijão...
O patrão chamava o morador e dizia:
¬ “Miguel! Você vai votar no compadre Zé Pereira do
Ó... Uma muda gesticulação era a resposta afirmativa, o sim!”.
A historiografia
canindeense tem duas facetas: Ou Doura a pílula dos troncos familiares ou produz
grandes hiatos. Um ou outro que tentou quebrar esses grilhões caiu no índex da
oligarquia reinante. Atualmente três candidatos postulam o supremo cargo de
prefeito. A despeito da ideologia das agremiações a que pertencem, o conservadorismo
das propostas os igualam.
* Formador de opinião.
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